Cuidado com dor no calcanhar








Já sentiu uma dorzinha no calcanhar? Cuidado, ela pode transformar seus dias de corrida em dias de tratamento. Conhecida como a síndrome de Haglund (dor posterior no calcâneo), é uma lesão decorrente de uma ação mecânica da eminência posterior do calcâneo contra a bursa retrocalcânea (bolsas que servem de proteção entre o tendão de Aquiles e o calcâneo), algumas vezes podendo ser também decorrente da ação entre o posterior do calcâneo e o tênis.

O diagnóstico deve ser dado pelo profissional médico por meio do exame físico, histórico do atleta, raio x e ressonância magnética. Não há uma causa exata do aparecimento da patologia, mas acredita-se em algumas hipóteses:

Calçado inadequado (causando uma distribuição de peso incorreta do atleta)

Biomecânica da corrida

Overtrainning (Excesso de treino)

Alterações biomecânicas do pé (parte óssea)

Encurtamento da musculatura da panturrilha

Tratamento - O tratamento visa a diminuição do processo inflamatório e ajuste da biomecânica da corrida com o calçado do atleta, que pode ser feito com palmilhas, sendo estas feitas sob medida ao atleta, e não comprada em farmácias e supermercados.

O uso de calcanheiras de silicone muitas vezes é indicado para diminuir a pressão do calcâneo, mas quando usada por longos períodos, pode haver um encurtamento da musculatura da panturrilha. Isso causa uma biomecânica errada na corrida, podendo levar a outros problemas mais sérios.

Outro tratamento muito utilizado são os medicamentosos (indicado por médicos apenas), que podem ser desde antiinflamatórios, até infiltrações de corticóides na região, aliviando assim a dor. Estes tratamentos sempre são efetivos quando feitos em conjunto com a fisioterapia.

Em casos mais crônicos, a cirurgia é indicada (sempre que os tratamentos conservadores acima descritos não surtirem efeitos). Nesses casos, é feita a remoção da porção póstero-superior do calcâneo, juntamente ao reparo do Aquiles. Deste, faz-se a extração da parte doente do tecido (tenoplastia) e reforço com o uso da transferência tendinosa do fibular curto. Hoje com as técnicas e materiais modernos de fixação dos tendões no calcâneo, como os parafusos de interferência em titânio, consegue-se agressões cirúrgicas menores, com um menor tempo para a realização do procedimento, o que se reverte em resultados finais cada vez melhores.

Após a cirurgia, faz se a reabilitação, que dura em torno de três a cinco meses, e o fisioterapeuta ajudará o atleta em seu retorno gradual ao esporte. 

Fonte: Webrun




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