Lesão de tendões fibulares
O desalinhamento da porção posterior do pé (em valgo ou varo) determina maior desgaste destes tendões que passam a produzir sintomas. O quadro mais corriqueiro é a tendinite aguda que se manifesta através de dor intensa e incapacitante, aumento de volume na goteira póstero-lateral do tornozelo (atrás do maléolo da fíbula) e graus variados de incapacidade funcional. Mantidas as condições desfavoráveis ou quando se associa alteração degenerativa (idade, doenças sistêmicas e debilitantes) as fibras que constituem os tendões começam a sofrer ruptura.
No início, as poucas fibras rotas são facilmente compensadas pelas remanescentes. Com o tempo, no entanto, este quadro se inverte e predominam as fibras lesadas ou incompetentes. O paciente se torna mais e mais limitado em função da dor e da incapacidade de realizar suas tarefas corriqueiras. A progressão deste quadro acaba com a ruptura completa dos tendões e perda absoluta de suas funções.
O diagnóstico deve ser suspeitado sempre que houver dor na região póstero-lateral do tornozelo após atividade física ou com o uso de determinados calçados. É evidente que em fases avançadas as queixas são mais exuberantes e a suspeita diagnóstica de acometimento dos tendões fibulares pode ser lançada com maior facilidade.
Nos casos mais avançados em que já possam ser detectadas alterações das fibras tendíneas, o tratamento deve visar a supressão da carga, a mudança da atividade desportiva realizada ou, se a lesão é extensa, o tratamento cirúrgico. Ao se optar pela cirurgia, é realizada análise criteriosa de todos os fatores envolvidos na gênese do problema para que sua abordagem seja a mais abrangente e completa possível.
Tratamento não-cirúrgico
O tratamento conservador das lesões dos tendões fibulares consiste no uso de antiinflamatório, repouso relativo, modificação do calçado, órteses e fisioterapia . A adequada orientação sobre a melhor forma de tratamento para a tendinite do pé e calcâneo e outras inflamações do tendão deve ser fornecida pelo médico especialista em tendinite e outras lesões do pé. Procure sempre um médico especialista em tendinite antes de iniciar qualquer tratamento.
Tratamento cirúrgico
Quando existe a persistência do quadro doloroso após a realização do tratamento conservador das tendinite e lesões dos tendões fibulares, está indicada a cirurgia .
A recuperação da cirurgia de tendinite varia de acordo com a lesão encontrada no tendão acometido.
As lesões mais frequentemente observadas do tendão fibular curto seguem dois padrões principais. A rotura longitudinal isolada e rotura longitudinal múltipla caracterizada por áreas de fibrilação.
Quando existe a presença de múltiplos fragmentos do tendão com aspecto de fibrilação, deve-se ressecar os fragmentos degenerados e verificar a possibilidade de realizar tubulização do segmento remanescente ou a necessidade de ressecção de todo o segmento degenerado do tendão, caso não haja tecido viável, seguida por tenodese proximal e distal com o tendão fibular longo.
No caso da existência de lesão longitudinal isolada do tendão , quando esta é menor que cerca de 70% do diâmetro do tendão, deve-se realizar a ressecção da lesão e tubulização do tendão remanescente. Quando a lesão acomete mais de 70% do diâmetro do tendão, deve-se realizar a ressecção do segmento lesado do tendão e tenodese com o tendão fibular longo.
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