Fraturas no pé


Praticamente qualquer osso no pé pode fraturar. Muitas dessas fraturas não necessitam de cirurgia, enquanto que outras devem ser reparadas cirurgicamente, para se evitar a incapacitação permanente. A área sobre o local de um osso fraturado comumente torna-se edemaciada e dolorosa. Se houver contusão de tecidos moles da área, o edema e a dor podem estender-se além do local da fratura.

As fraturas do tornozelo e em torno deste ocorrem mais comumente quando o tornozelo roda para dentro, de tal modo que a planta do pé roda para fora (entorse do tornozelo por inversão), ou quando o tornozelo roda para fora (entorse do tornozelo por reversão). Podem ocorrer dor, edema e sangramento. Essas fraturas podem ser graves se não forem tratadas imediatamente. Como regra, todas as fraturas de tornozelo devem ser imobilizadas com um aparelho gessado.

Pode ser necessária a realização de uma cirurgia para corrigir as fraturas de tornozelo graves, nas quais os ossos estão muito separados ou desalinhados. As fraturas de ossos do metatarso (ossos da parte intermediária do pé) são comuns. Mais comumente, essas fraturas são decorrentes da marcha excessiva ou do estresse indireto devido ao uso excessivo, apesar delas poderem ser resultantes de um impacto súbito e forte. Na maioria dos casos, tudo o que se faz necessário para a consolidação da fratura é a imobilização em um calçado com sola rígida ao invés de uma imobilização com um aparelho gessado.

Raramente, é necessário o uso de um aparelho gessado abaixo do joelho. Se os ossos estiverem muito afastados, pode ser necessária uma cirurgia para alinhar os segmentos fraturados. Uma fratura do osso metatarsal do hálux (dedão do pé) ou do do quinto pododáctilo tende a ser mais complicada, exigindo um aparelho gessado ou uma cirurgia. Os ossos sesamóides (dois pequenos ossos arredondados localizados sob a ponta do osso metatarsal do hálux) podem fraturar. As corridas, as caminhadas longas e os esportes que envolvem um choque muito forte contra o solo da superfície plantar do antepé (p.ex., basquetebol e tênis), podem fraturar esses ossos.

O uso de coxins ou de órteses especialmente fabricadas (palmilhas) para o calçado auxilia no alívio da dor. Se a dor persistir, pode ser necessária a realização da remoção cirúrgica do osso sesamóide. As lesões dos dedos dos pés, particularmente do quinto pododáctilo, são comuns, especialmente quando o indivíduo anda com os pés descalços. Fraturas simples dos quatro dedos menores dos pés consolidam sem a necessidade de um aparelho gessado. A imobilização dos dedos dos pés com esparadrapo ou com uma faixa de velcro, utilizando os dedos adjacentes como apoio, durante quatro ou seis semanas, pode ser útil.

O uso de calçados com sola rígida ou de calçados um pouco mais largos podem ajudar no alívio da dor. Se o indivíduo sentir muita dor ao andar com sapatos normais, ele deve utilizar botas feitas sob medida ou calçados prescritos pelo médico. Geralmente, a fratura do hálux tende a ser mais grave, provocando dor intensa, edema e sangramento subcutâneo. O hálux pode ser fraturado em decorrência de uma tropeção ou da queda de um objeto pesado sobre ele. As fraturas que afetam a articulação do hálux podem exigir cirurgia.

Ossos do Pé Vista Inferior (pela sola)


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