Amputação com desarticularção do jeolho em tratamento para colocação de prótese







A excisão, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro é denominada de amputação. Para um paciente a palavra amputação está relacionada com terror, derrota e
mutilação, que vai torná-lo incapaz, dependente. Mas o procedimento deveria ser entendido pelo paciente, como início de uma nova fase, sem a presença de deformidades sérias, que possivelmente poderiam incapacitá-lo. De qualquer forma, deve ficar claro que os procedimentos para amputação de membros inferiores ou superiores é um ato de restauração de um órgão enfermo e não uma mutilação. Generalizando, além de uma boa equipe de profissionais altamente preparados, a aceitação, a colaboração, a motivação e a dedicação do próprio paciente é indispensável para sua reabilitação.

A etiologia da perda do membro e as condições clínicas associadas muitas vezes constituem considerações importantes no desenvolvimento de um programa de tratamento
para o amputado. A perda de membro de um modo geral é dividida em duas categorias amplas: adquirida e congênita.

Amputação adquirida é a perda de parte ou de toda uma extremidade como resultado direto de trauma ou por cirurgia. As amputações cirúrgicas são realizadas em virtude de
doença, tumores benignos ou malignos e lesões traumáticas da extremidade sem esperança de salvamento do segmento. (CARVALHO, 2003).

Entre as causas mais comuns de amputação de membros inferiores e superiores  encontramos: vasculares, traumáticas, tumorais, infecciosas, congênitas e iatrogênicas.
Destaca-se dentre elas, a causa vascular, que acomete em maior número pessoas na faixa etária de mais de 50 anos, sendo os membros inferiores os mais comprometidos. As taxas de mortalidade associadas às amputações de membros em pacientes "vasculares", em particular as transtibiais e transfemorais, indicam a gravidade da enfermidade do paciente.

A causa mais comum nas amputações provocadas por eventos vasculares é a diabetes e o tabagismo. Já as causas traumáticas atingem também um número expressivo da população por acidentes de trânsito, de trabalho ou, em número menor, em razão de outra etiologia. Um aspecto em amputados é o chamado fenômeno "fantásmico"1, doloroso ou não, normal e ou deformado. Aproximadamente até a terceira semana, após a cirurgia, a maioria manifesta a percepção fantásmica de um membro normal e indolor. No entanto, alguns já se referem ao membro como deformado a partir da primeira semana. Para aqueles pacientes do primeiro grupo, passada as duas ou três semanas da cirurgia, o membro amputado dá a impressão de estar contorcido e desproporcional e não deveria apresentar dor. A percepção, por parte do paciente, de um membro fantasma doloroso pode se manifestar em membro fantasma normal ou deformado. Essa dor pode ser de leve a moderada, tolerável, respondendo de forma satisfatória à terapêutica física ou medicamentosa.

Sua permanência pode ocorrer durante semanas ou anos. Devemos, porém, considerar a amputação não como o fim de uma etapa ou simplesmente a perda de um membro que conseqüentemente irá gerar incapacidades, mas sim considerá-la como o princípio de uma nova fase, pois se de um lado houve a perda de um membro e a alteração da imagem corporal, do outro se eliminou o perigo da perda da vida, ou deu alívio a sofrimentos intoleráveis, tornando ainda possível maior liberdade de ação. (PIRES, 2004)

DESARTICULAÇÃO DE JOELHO


A remoção total da tíbia caracteriza a desarticulação de joelho, nível que tem vantagens funcionais em relação às amputações transfemorais. As próteses para este nível de amputação devem contar com joelho mecânico.

Uma das principais metas de inicio do programa pós-operatório é a prevenção de complicações secundárias, como as contraturas de articulações adjacentes. Estas podem surgir em decorrência do desequilíbrio muscular, ou como resultado de alguma posição inadequada, como a posição sentada por períodos longos.
As causas mais freqüentes de desarticulação de joelho são traumatismos ortopédicos irreversíveis, anomalias de tíbia/fíbula e alguns tumores mais distais. As vantagens em relação às transfemorais são: maior braço de alavanca, maior força muscular, possibilidade de descarga distal, bom controle rotacional sobre as próteses, melhor suspensão protética, facilidade para colocação/remoção da prótese, menor gasto energético durante a deambulação e menor tendência as deformidades. Nesse tipo de amputação, preconiza-se a preservação da patela, a cicatrização é póstero-inferior do coto e indica-se descarga distal para maior propriocepção.
Na desarticulação de joelho, observa-se que não há desequilíbrios musculares, nem deformidades importantes, porém alguns pacientes podem apresentar uma leve flexão de
quadril causado por posturas inadequadas. (DE LUCCIA, 2003)

Os cotos de desarticulação de joelho são rígidos, bulbosos, longos e resistentes, tendo excelente controle muscular do membro artificial. Os ganhos funcionais excedem o problema estético com o uso de joelhos policêntricos com fricção hidráulica e acessórios para extensão encurtam a prótese na posição sentada, melhorando as características de balanceio. O estreitamento dos côndilos tem provado ser insensato. (KOTTE, 1994)

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