Fraturas por Estresse em Adolescentes








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As fraturas por estresse são pequenas fraturas, as vezes nem visíveis no raio-x, que ocorrem quando o osso é submetido a cargas muito intensas ou muito repetitivas e não suporta tamanha pressão. Essa sobrecarga “fragiliza” o osso a ponto de fazê-lo trincar, quebrar.

Praticantes de esporte que contem muito impacto com certa frequência, devem se preocupar com a qualidade muscular.  Os músculos devem estar sempre fortes e resistentes para que tenham a capacidade de absorver o impacto e a energia não ficar retida nos ossos. Quando os músculos estão fatigados e não conseguem absorver todo o impacto da atividade, transferem a força extra para o osso, resultando em uma pequena rachadura. Em adolescentes esse problema é especialmente preocupante, pois pode não ser tratado da forma correta.

Uma pesquisa feita em 2011, pelo pesquisador Andrew Goodwillie (médico residente da Universidade de Medicina e Odontologia de New Jersey – Escola Médica Robert Wood Johnson) diz que "os pais devem saber que isso é um problema, e é um problema maior do que as pessoas necessariamente pensam ser". O principal sintoma desse tipo de fratura é a dor, e Goodwillie acredita que muitos médicos e pais podem ver esse sintoma como sendo apenas dores de crescimento. A boa notícia é que essas fraturas são fáceis de tratar. Um repouso de seis a oito semanas pode ser suficiente para curar o paciente.

Goodwillie e sua equipe fizeram uma pesquisa sobre o assunto. Eles receberam informações sobre fraturas por estresse submetidas por treinadores de 57 escolas americanas desde setembro de 2007 a dezembro de 2010. Os treinadores responderam questionários online sobre cada um dos casos reportados por eles. Das 230 fraturas analisadas, 189 foram sofridas por atletas, sendo que desse número 61% (115) eram meninas e 39% (74) eram meninos. Os ossos mais comumente fraturados foram: tíbia (48% dos casos), ossos longos do pé dianteiro (19%), coluna (6%), pélvis (6%), fêmur (4%).

Os médicos não sabem explicar porque as meninas sofrem mais fraturas do que os meninos. Uma das explicações possíveis é o que os especialistas chamam de 'tríade da mulher atleta', que consiste na possibilidade de que as atletas mulheres podem sofrer distúrbios alimentares, terem ciclos menstruais irregulares e osteoporose. 

Para reduzir os riscos de sofrerem fraturas por estresse, os adolescentes devem tentar substituir esportes de alto-impacto por atividades com menos choque. As meninas devem prestar atenção aos seus ciclos menstruais e procurar um médico caso eles se tornem muito irregulares.

As opções de tratamento de fraturas em adolescentes são praticamente as mesmas dos adultos (ex.: imobilizações, parafusos, placas, hastes, pinos, fixadores externos, etc.). O que diferencia é a indicação de cada tipo de tratamento. Enquanto, por exemplo, numa criança uma fratura dentro da articulação do joelho é tratada com imobilização, pinos ou parafusos; no adulto, fraturas dentro da articulação do joelho normalmente são tratadas com placas.
Fonte: WebMD 15 de fevereiro de 2011

Publicado em 01/02/12 e revisado em 05/05/20


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