Lesões em Menisco Lateral







O menisco medial é parte do complexo ligamentar medial, sendo inserido na cápsula em toda a sua extensão, além de apoiar-se sobre uma superfície côncava. Isto permite menor mobilidade durante os movimentos articulares. É considerado o menisco da estabilidade.

ETIOLOGIA
Consideramos três tipos de lesões meniscais mediais:

* Traumáticas;
* Degenerativas;
* Congênitas.


A) LESÕES DE ETIOLOGIA TRAUMÁTICA

São decorrentes de traumas rotacionais ou axiais, que fraturam a estrutura meniscal. Admitimos que a presença de instabilidade favorece a ocorrência de lesão e então subdividimos as lesões traumáticas em: com e sem instabilidade.

Os paciente portadores de lesões traumáticas informam a data do início dos sintomas e a relacionam com o trauma. Nos casos com instabilidade articular, prévia ao trauma, a lesão meniscal é descrita como um agravamento do episódios anteriores de instabilidade.

O paciente refere um quadro inicial rico em sintomas, seguido em geral de períodos de acalmia. A atividade física é fator desencadeante de sintomas. Nos portadores de instabilidade os derrames articulares são mais freqüentes após os episódios clínicos.

A freqüência de derrames está relacionada a lesões condrais, comuns nas instabilidades.

Na atividade diária, a articulação é sensível a períodos de prolongada flexão assim como a subida de escadas ou rampas.

Nos casos mais avançados, há queixa de falseio, que significa um brusco e repentino bloqueio da contração muscular.

Os bloqueios são raros e, na maioria das vezes, conseqüentes a espasmos musculares e não à interposição do fragmento meniscal.

A ocorrência de bloqueios, por interposição do fragmento meniscal, é mais freqüente nos paciente portadores de lesões em "alça de balde" (lesões longitudinais), que, em mais de 90% dos casos, está associada à instabilidade anterior.


LESÃO LONGITUDINAL (ALÇA DE BALDE)
A causa geralmente é uma força de torção sobre o joelho fletido ou em semi-flexão. Há três tipos de rupturas, todas começam como uma fenda longitudinal, se a fenda se estende através de todo o menisco dá origem a lesão em "alça de balde" na qual os fragmentos estão presos pelas extremidades sendo este tipo mais comum. A "alça de balde", isto é, o fragmento central se desloca para o meio da articulação de forma que o côndilo femural rola sobre a tíbia com o fragmento meniscal interposto. Desde que a forma do côndilo faz com que ele ocupe mais espaço dentro da articulação com o joelho extendido, a principal conseqüência desta lesão é a limitação ou bloqueio para extensão. 

Em conseqüência do trauma o paciente cai e passa s sentir dores na região ântero-medial do joelho.


B) LESÕES DE ETIOLOGIA DEGENERATIVA
São conseqüência dos processos degenerativos articulares decorrentes do envelhecimento ou de seqüelas traumáticas ou inflamatórias. Isto é, desgaste do menisco por hiperuso, torções repetitivas do joelho ou mau alinhamento deste.

Os paciente portadores de lesões degenerativas não sabem precisar o início dos sintomas, a não ser em raros casos de pequenos traumas em flexão que lesam os meniscos degenerados.

Os sintomas são basicamente noturnos. Obrigando o paciente a procurar posição apropriada para conciliar o sono. A atitude em flexão é quase a regra, levando o examinador com freqüência a supervalorizar o varo do joelho examinado. Derrames são freqüentes, pis a meniscopatia degenerativa está freqüentemente associada a lesões condrais. A posição em flexão prolongada é dolorosa, assim como a subida de escadas e rampas. O falseio e o bloqueio são excepcionais.

C) LESÕES DE ETIOLOGIA CONGÊNITA

Ocorrem em meniscos congenitamente mal formados, como, por exemplo o menisco discóide.

Os pacientes portadores de lesão de causa congênita, em geral, apresentam sintomatologia semelhante aqueles de causa traumática, porém, sem história de trauma proporcional. Em geral um movimento da vida diária leva a sintomas que sugerem lesão meniscal traumática, obviamente demonstrando uma patologia prévia. As alterações congênitas são raras no menisco medial.


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