Alterações posturais da coluna vertebral, provocadas pelo peso da mochila escolar em crianças e adolescentes







O ser humano ao longo de sua evolução progrediu em todos os sentidos, e um destes foi a sua postura corporal, que foi modificando de acordo com as exigências impostas na vida de cada ser.

De acordo com Black (1993), se observarmos a evolução do Homo Erectus de acordo com a teoria de Darwin, perceberemos que o atual ser humano galgou etapas de evolução que se iniciaram há milhares de anos numa vida aérea, isto é predominantemente nas copas e nos galhos das árvores, para num segundo estágio passar a viver no solo firme, em quatro apoios, e deste para a atual posição bípede.

A vida moderna traz responsabilidade e sobrecargas para homens e mulheres de todas as faixas etárias. Crianças e adolescentes em idade escolar têm uma vida agitada, com muitos afazeres, sem ter um acompanhamento adequado da forma como devem realizar suas atividades.

Devemos considerar que a coluna vertebral é composta por quatro curvas fisiológicas, cujo objetivo é distribuir as forças do corpo, entretanto, devido ao crescimento e desenvolvimento corporal, a má postura ao longo da vida, pode acarretar desvios posturais, como por exemplo: lordose, escoliose e cifose, tema que é objeto de estudo do presente trabalho.

O intuito é demonstrar o que acarreta um desvio postural e de que forma o profissional de educação física pode detectar o problema, avaliá-lo e aplicar exercícios para possíveis formas de correções.

O desvio da curvatura e dos acidentes anatômicos em relação à linha espondilea provocam o que chamamos de desvios posturais. Esses desvios podem ser avaliados tanto pelo fisioterapeuta (objetivos) como pelos professores de educação física em academias (subjetivos).

O exame subjetivo é realizado da seguinte forma:

deve ser realizado em local que possua fundo liso e branco;

o testador deve se colocar a distância de 3 – 5 metros do testado, para que se tenha uma visão global do aluno;

o testado deve se posicionar afastado da parede na sua posição natural de repouso;

o testado deve estar próximo da nudez;

verifica-se partindo da parte inferior para a superior (pés, joelhos, pelve, coluna, ombros e cabeça);

utilização do fio de prumo e lápis demográfico, tornam a análise mais eficiente.

A avaliação dos desvios posturais deve ser feita da seguinte forma:

Visão anterior: de frente para o avaliador, observamos se as duas linhas dos ombros estão paralelas entre si e o solo.

Se não ocorrer, indica uma possível escoliose no testado. Em caso de desvio de quadril o testado deve ser encaminhado a um ortopedista para exames.

Visão anterior com flexão de tronco: (teste ADAMS): observamos se o testado tem escoliose, se as vértebras já fizeram rotação, que se caracteriza por uma gibosidade no local da curvatura escoliótica.

Verificamos se o testado tem o pé abduto ou aduto, se os joelhos estão varo ou valgo, a linha do quadril, a linha dos ombros, se tem Hipercifose Torácica ou Cervical.

Visão Lateral: de perfil para o avaliador, lado direito e esquerdo, verificamos se o testado possui: Geno Rcuryato. Geno Flexo, Hiperlordose Lombar, Costa Plana.

Visão Posterior: de costas para o avaliador, observamos as linhas dos ombros e do quadril para confirmar as observações feitas na visão anterior. Marcaremos todos os processos espinhosos, para verificar possível desvio de linha espodílea ou escoliose. Confirmaremos também os joelhos, tendões de Aquiles (pé valgo ou varo). No pé varo, o tendão de Aquiles projeta-se para a parte externa do corpo, fazendo com que o calcâneo se projete para a parte interna do corpo.

As informações acima fornecem ao professor de Educação Física instrumentos de suma importância para a detecção precoce de problemas posturais, permitindo a intervenção com exercícios e orientações necessárias para uma postura adequada, evitando assim hábitos errôneos que são freqüentes em crianças e adolescentes na fase escolar.

Retirei daqui


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