A lesão meniscal
Pacientes com esta lesão em geral apresentam como uma das queixas o bloqueio do joelho durante os movimentos de flexo-extensão. Isso ocorre pela interposição da alça lesada do menisco entre o fêmur e a tíbia. Muitas vezes, a sintomatologia mais exuberante é a de dor na interlinha, correspondente ao menisco lesado. Outras vezes, a queixa é de derrame articular. O tratamento inicial de escolha deve ser sempre a fisioterapia, como mostrado a seguir. Caso não haja melhora do quadro, o paciente deverá ser encaminhado para intervenção cirúrgica.
Devemos nos preocupar, dentro do processo de reabilitação, com o grau de dor que o paciente possa apresentar e que deve ser tratada com calor profundo, gelo ou eletroterapia. Pode estar associada a este quadro hipotrofia do quadríceps.
Isso pode ocorrer tanto pela dor, bloqueando a contração eficiente do quadríceps, quanto pela simples presença de alteração
intra-articular, bloqueando também a contração efetiva do músculo. Qualquer que seja a causa, deveremos instituir exercícios de fortalecimento, juntamente com o tratamento específico para a dor quando presente e os exercícios de alongamento dos isquiotibiais, que está presente com bastante freqüência, levando a piora da dor.
Quando não existe melhora dos sintomas, o paciente deverá ser submetido à cirurgia. Podem ser realizados dois procedimentos.
O primeiro é a retirada da parte de menisco lesada. Nesse caso, dependendo da abordagem cirúrgica (aberta ou artroscópica), deveremos iniciar exercícios para fortalecimento, ganho de trofismo e analgesia. Em meniscectomias artroscópicas, a carga poderá ser total e imediata, desde que não haja hipotonia do quadríceps pelo próprio ato cirúrgico. O que limitará a intensidade dos exercícios, o retorno às atividades esportivas de vida diária e às atividades esportivas será o grau de atrofia ou limitação articular, deixadas pelo tempo em que o joelho apresentou a lesão meniscal não tratada e não diretamente pela cirurgia artroscópica. Sem dúvida, a meniscectomia artroscópica permite o retorno mais precoce às atividades normais, já que o grau de “agressão” à articulação é bem menor.
Em caso de sutura meniscal, quando se avalia ser possível sua cicatrização, os cuidados serão maiores. É importante lembrarmos que o menisco é responsável por aproximadamente 50% da distribuição de carga durante a marcha, o que aumenta em muito durante a corrida. É por isso que, nestes casos, a marcha imediata só será permitida sem carga sobre o membro afetado. A carga parcial só será permitida após a 4ª semana; a carga total será liberada por volta da 6ª semana.
Os movimentos de flexo-extensão do joelho deverão ser bastante suaves, evitando-se a flexão completa. Isso é importante se lembrarmos que uma de suas funções é a de estabilidade dinâmica do joelho, juntamente com músculos e ligamentos, e que o menisco limita a movimentação nos últimos graus de flexão e de extensão. Podemos iniciar exercícios isométricos e os resistidos de forma suave, até que haja completa cicatrização do menisco, o que ocorre entre a 6ª e 8ª semanas. Exercícios de cadeia fechada para quadríceps e exercícios para fortalecimento de isquiotibiais devem ser iniciados após seis semanas. A corrida só deve ser autorizada a partir do 5º mês; os esportes que não envolvem contato por volta de seis meses e os de contato por volta de nove
meses.
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