A Fisioterapia na Capsulite Adesiva







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As intervenções fisioterapêutica iniciais na Capsulite Adesiva são para o alivio da dor e edema e para o aumento da mobilidade articular do ombro, e à medida que a amplitude de movimento for aumentado podemos iniciar com fortalecimento muscular. (JACOBS, 2005)


Intervenções Fisioterapêuticas para redução da dor e edema:

A crioterapia significa “terapia com frio”. É aplicação terapêutica de qualquer substancia ao corpo que resulte na remoção do calor corporal, diminuindo assim a temperatura dos tecidos e tendo seu beneficio no alivio da dor e do edema. (KNIGHT, 2000)

O Ultra-Som é outra modalidade terapêutica, freqüentemente usada na fisioterapia, pois age como analgésico e se acredita que ele tem ação sobre as mudanças na velocidade de condução nervosa, na eliminação de mediadores da dor através do aumento da circulação local e nas alterações da permeabilidade da membrana celular, que diminui a inflamação e facilita a regeneração tissular. (AGNE, 2002)

Para Agne (2002), outra modalidade terapêutica que pode ser utilizada na Capsulite Adesiva do ombro para o alivio da dor é o TENS, consiste na aplicação de eletrodos sobre a pele intacta com o objetivo de estimular as fibras nervosas grossas A-alfa mielinizadas de condução rápida. Esta ativação desencadeia a nível central, os sistemas analgésicos descendentes de caráter inibitório sobre a transmissão nociceptiva conduzida pelas fibras não mielinizadas de pequeno calibre, gerando desta forma a redução da dor. O TENS está sendo empregado para identificar uma série de diferentes tipos de impulsos elétricos com fins terapêuticos como para analgésica, relaxamento muscular, descontraturante e metabólico. É utilizado em dores agudas e crônicas. Na maioria dos casos o TENS funciona mediante uma corrente alternada caracterizada por uma duração e intervalo de fase ajustável, podendo variar também sua freqüência.


Intervenções Fisioterapêuticas para o ganho da ADM do Ombro:

Antes de iniciar o tratamento cinesioterapêutico deve-se lembrar da artrocinematica da articulação do ombro. Pois a articulação glenoumeral é chamada de bola e soquete, esferóide ou universal e possui três graus de liberdade, e realiza os seguintes movimentos, para frente a flexão, para trás a extensão, lateralmente a abdução, medialmente a adução e com o braço junto ao corpo e com cotovelo flexionado, rodando para dentro a rotação interna e rodando para fora a rotação externa (SMITH, WEISS, LEHMKUHL, 1997)

As mobilizações intra-articular relacionam-se aos movimentos que ocorrem dentro da cápsula articular e descrevem a distensibilidade ou “frouxidão” na cápsula articular, no qual permite que os ossos se movam. Os movimentos são necessários para o funcionamento articular normal, as mobilizações incluem em separação, deslizamento, rolamento e giro das superfícies articulares. Cabe ao Fisioterapeuta a capacidade de traçar seus objetivos quanto ao ganho da ADM, para aumentar a abdução os deslizamentos da cabeça do úmero deve ser caudal, para aumentar a flexão ou rotação interna os deslizamentos devem ser posterior e para aumentar a extensão e rotação externa o deslizamento da cabeça umeral deve ser em sentido anterior (KISNER, 1998).

O alongamento é usado como manobra terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas de tecidos moles patologicamente encurtados e desse modo ocorre o aumento da amplitude de movimentos, devendo ser realizados inicialmente os alongamentos passivos pois possui grandes vantagens mecânicas do que comparado ao ativo. Podem ser realizados vários técnicas de alongamentos, como por exemplo o alongamento capsular posterior, onde o paciente aduz horizontalmente o braço, cruzando á frente do corpo e então utiliza a outra mão para puxar o braço o braço afetado, aumentado a adução horizontal, para alongar a cápsula articular anterior, o alongamento com as mãos atrás do dorso, segurando uma toalha com ambas as mãos, com o braço atrás da região glútea, o paciente coloca o outro braço atrás da cabeça e, lentamente, puxa superiormente a toalha com a mão superior, até que sinta o alongamento (MAXEY, 2003; JACOBS, 2005; KISNER, 1998).


Os exercícios de Codman são realizados para a mobilidade articular do ombro, pois as técnicas de auto mobilização fazem proveito do uso da gravidade para separar o úmero da cavidade glenoide. Ele ajuda no alivio da dor através de movimentos de leve tração (grau I e II) e dão mobilidade precoce as estruturas articulares e liquido sinovial. À medida que o individuo tolera o alongamento pode-se introduzir pesos nos punhos para conseguir uma força de separação articular (Grau III e IV). Os exercícios devem ser realizados com o individuo em pé em flexão lombar de 90º, sendo realizados no sentido horário, anti-horário, látero- lateral e antero - posterior. A musculatura escapular deve estar totalmente relaxada, com o paciente buscando, progressivamente, alcançar maiores amplitudes (JACOBS, 2005; KISNER, 1998).

E o exercício de fortalecimento muscular deve ser acrescentado à medida que a amplitude de movimento da articulação glenoumeral estiver aumentado. Evoluindo da posição de decúbito dorsal até a bipedestação, aumentando a atividade de manguito rotador e do deltóide, com os movimentos de abdução em plano escapular, rotação externa e extensão do ombro (JACOBS, 2005). Os exercícios podem ser aplicados por contrações musculares dinâmicas como estáticas. Podendo ser executados isotonicamente com contrações concêntricas e excêntricas, isometricamente e até mesmo isocineticamente (KISNER, 1998).

Deve ser empregado junto à fisioterapia um programa de exercícios domiciliares, onde o paciente é treinado e ilustrado a realizar exercícios auto passivos com movimentos angulares em casa, com a utilização de bastão e roldana no teto e exercícios pendulares. A orientação é dada para que sejam realizados com pouca intensidade, por curtos períodos de tempo e varias vezes ao dia, mediante a um programa de exercícios específicos (LECH; SEVERO 2003; THOMPSON, 2004).



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