Cadeias musculares e alinhamento postural











A ação integrada dos músculos que constituem as cadeias musculares é responsável pela manutenção do alinhamento postural. O encurtamento destes músculos leva o indivíduo a adotar .posturas incorretas., aqui chamadas alterações posturais.


Neste aspecto a abordagem postural é sem dúvida importante, sendo considerada a base de toda compreensão funcional, norteando procedimentos corretivos seja nas disfunções músculo-esqueléticas, neuro-musculares ou cardiorespiratórias-circulatórias. Trata-se de um método de avaliação, reajustamento osteoarticular e regularização das tensões musculares, sendo utilizado a partir de uma metodologia própria.


Vários são os métodos utilizados para a avaliação, sendo essencial a ênfase na fidedignidade dos resultados. Do ponto de vista ergonômico a avaliação postural é apenas uma parte do processo avaliativo, havendo necessidade segundo Gould (1993) de ser acompanhada de outros exames e testes.
Podemos de acordo com Fernandes (1998), sistematizar os métodos de avaliação postural mais utilizados: análise dos pontos anatômicos do corpo humano de forma estática usando o simetrógrafo ou fio de prumo e em modelos pré-determinados como: New York Postural Test, Adam.s e Kendall.


Neste contexto, o referido autor em seu artigo sobre os métodos de avaliação postural, concluiu que estas formas são caracterizadas como procedimentos estáticos, o que exclui, da análise, os possíveis desvios posturais de origem funcional.


Como em todos os testes, é preciso haver uma padronização ao avaliar o alinhamento postural. O alinhamento esquelético ideal usado como padrão utiliza como referência o fio de prumo, sobre estruturas anatômicas pré-definidas.
O ponto na linha onde o fio de prumo é suspenso deve ser ponto fixo padronizado. Como o único ponto fixo na postura é na base onde os pés estão em contato com o solo, o ponto de referência deve ser a base (KENDALL,1996).





Os desvios a partir do alinhamento do prumo são descritos como leves, moderados ou acentuados, neste caso foram mensurados em graus e deslocamentos utilizando-se da cinemetria, que analisa a postura através da imagem de câmera fotográfica ou de vídeo, em que são marcados pontos anatômicos na pele dos sujeitos como referência.


Apesar de toda a sofisticação existente para mensurar e quantificar dados, as avaliações clássicas são realizadas de forma segmentada. Na busca de analisar a postura corporal pode-se utilizar os protocolos citados, mas independente da técnica ou método é importante observar a relação entre a postura global e o fio de prumo. Portanto, para avaliar de forma global utilizou-se o método das cadeias, que considera o sistema muscular de forma integrada. Na verdade, não há técnicas boas ou más; há, isto sim, aplicação desastrosa de técnicas quando, seguindo a tendência ou a rotina, elas são aplicadas em todos os indivíduos e analisadas de forma segmentada.


A abordagem deve ser mais individualizada, o método das cadeias musculares propõe a cada um, sobretudo, a possibilidade de conhecer-se e de cuidar de si mesmo. Nossos gestos e atitudes são variados, nossas estáticas são caracterizadas principalmente pela escolha de um tipo de equilíbrio e a gestão desse equilíbrio determina a atividade dos grupos musculares cujas solicitações influenciam as formas do corpo.


A busca pela descoberta de novas formas de avaliar a postura, além dos métodos já utilizados, tem se caracterizado nos últimos anos (SPERANDIO, 2000).
Este fato se confirma quando se utiliza a palavra globalidade, pois a atuação normalmente proposta é parcial ou fragmentada. Habitualmente é feita uma boa avaliação, observando-se alterações posturais existentes, porém não se estabelecem relações entre alteração postural e músculo encurtado.


Tais informações são relevantes quando se investiga a postura corporal, uma vez que há necessidade de avaliar-se em diferentes atitudes posturais. Através destas observações concluímos que as posturas adotadas provocam desequilíbrios musculares (DENYS-STRUYF, 1995).

Cada indivíduo faz compensações próprias, assim também o tratamento deve ser individualmente planejado, a partir da avaliação realizada. Não é possível, propor avaliações padronizadas nem, indicar um mesmo tratamento a diferentes indivíduos.
Para avaliar através das cadeias musculares é preciso conhecer as cadeias e seus respectivos grupos musculares para poder identificar alterações posturais ocasionadas pelo encurtamento desses músculos; para tanto é preciso saber aplicar os testes específicos descritos no método."




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