Causas e Fisioterapia na Bursite do Quadril









Bursite é a inflamação da bolsa sinovial, uma estrutura cheia de líquido que se localiza entre um tendão e a pele ou entre um tendão e o osso, com função de amortecimento, e auxílio no deslizamento dos tecidos e sua nutrição.

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A causa mais comum de bursite é a repetição de movimentos em determinadas articulações ou posições que possam causar danos às bursas.

Esse estresse resulta comumente da sobrecarga nos tendões e bursas provocada por excesso de carga durante uma atividade física; atrito por movimentos repetitivos, no caso da prática esportiva; desequilíbrio muscular ou fraqueza dos músculos que se inserem no grande trocânter (sobretudo glúteo mínimo e médio). Vale lembrar que em casos graves de fraqueza muscular, atividades leves como uma simples caminhada, pode ser considerada sobrecarga e são suficientes para desencadear a lesão e os sintomas.  

Além disso, a bursite trocantérica pode ser causada por trauma direto, por exemplo após queda sobre a lateral do quadril e também por fatores que geram sobrecarga mecânica direta sobre as estruturas do trocânter maior como: discrepância do comprimento dos membros (uma perna mais curta que a outra), quadris largos (uma das causas que justificam a maior incidência dessa doença em mulheres) e encurtamento do tecido fibroso na lateral do quadril (fáscia lata).


Alguns fatores de risco estão comumente associados a essa doença, como por exemplo:  doenças na coluna lombar doença na articulação sacroilíaca, entorse de tornozelo, artrite reumatóide, artrose de joelho, cirurgias anteriores no quadril, dentre outros. A justificativa é que essas doenças podem afetar o padrão e marcha e consequentemente sobrecarregar os tendões e bursas da região lateral do quadril.

Isso pode acontecer nas seguintes situações:

  • Lançar bolas ou levantar algo sobre sua cabeça repetidamente
  • Apoiar-se em seus cotovelos por longos períodos de tempo
  • Ajoelhar-se por períodos longos de tempo
  • Ficar muito tempo sentado, principalmente sobre lugares pouco confortáveis e com superfícies duras
  • Algumas bursas, como no joelho e cotovelo ficam logo abaixo da pele. São esses os locais do corpo com maior risco de traumas que podem ocasionar à bursite.

A fisioterapia é uma ótima opção de tratamento, porque geralmente são obtidos bons resultados, porque reduz o processo de inflamação, alivia a dor e diminui a sobrecarga sobre as bursas inflamadas.

Em um primeiro momento, o fisioterapeuta lança mão de recursos de eletrotermofototerapia (LASER, ultrassom e outros), liberação miofascial (alongamento da fáscia, sem gerar atrito no trocânter maior) e terapia manual para garantir a redução da inflamação e alívio da dor. Com essa finalidade, ressalta-se que um dos recursos com maior evidência de melhora nos casos de dor trocantérica é a aplicação do gelo. 

Nessa fase, alguns ajustes devem ser feitos e não é incomum que o fisioterapeuta solicite ao paciente que este durma com travesseiro entre as pernas e reduza momentaneamente a demanda mecânica (sobrecarga) a qual está exposto durante o dia, na tentativa de reduzir o estresse local e de retirá-lo do quadro agudo de dor.

Logo em seguida são propostos exercícios com a finalidade de fortalecer a musculatura glútea (sobretudo os músculos acometidos – glúteo médio e glúteo mínimo) e demais músculos do membro inferior, como quadríceps, posteriores da coxa e panturrilha, na tentativa de reduzir a sobrecarga do quadril e reestabelecer o equilíbrio muscular de todo o membro inferior.

Por fim, é realizado um treino de correção biomecânica com o objetivo de restaurar o controle motor e a absorção das cargas que passam pelo quadril durante atividades de vida diária e principalmente das atividades esportivas, sendo estas recreacionais ou esporte de alto rendimento.



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