Traumas no joelho podem ser evitados

 Problemas nas articulações podem acontecer por diversos fatores. Um dos mais comuns é a lesão do joelho, que acontece de maneira mais comum durante a prática de esportes que exigem mudanças bruscas de velocidade, direção e impacto, como futebol, esqui e handebol, principalmente quando a atividade é feita sem orientação.

Sem uma avaliação prévia, o esportista pode realizar uma atividade que esteja em desequilíbrio com as suas condições físicas. De acordo com o ortopedista especialista em lesões no joelho da Orto Corpore, Claudio Kawano, a falta condicionamento físico pode acarretar o problema: "Mesmo com atividades normais, corriqueiras, a articulação acaba sobrecarregada pela força muscular insuficiente", afirma. Além disso, praticar exercícios sem planejamento também pode ter um agravante: "Uma pessoa pode estar muito bem fisicamente, mas acaba excedendo a capacidade e resistência do próprio organismo", completa o especialista.

Tipos de lesões e tratamento

As lesões no joelho podem ser divididas em dois tipos – diretos e indiretos. O trauma direto é aquele que ocorre pelo contato do joelho com algum objeto ou superfície, a famosa "pancada". A lesão pode variar de acordo com o evento: "A intensidade do trauma vai determinar a lesão, que pode ir desde uma simples contusão até lesões mais graves, como fraturas", relata Kawano. No caso dos traumas indiretos, esse contato não ocorre. O mais comum é o entorse de joelho e, de acordo com o ortopedista, é predominante a lesão ligamentar principalmente do cruzado anterior.

O tratamento varia conforme o tipo de lesão sofrida pelo paciente. Pode ser realizado um tratamento conservador, em casos mais simples, como a aplicação de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, além da utilização de meios físicos, como gelo e sessões de fisioterapia. Em casos mais graves, é necessário o tratamento invasivo, em que se realizam infiltrações e cirurgias.

Para prevenir a lesão, Kawano explica que a fase de adaptação é fundamental para os sedentários: "A primeira coisa a se fazer é um trabalho de fortalecimento e alongamento muscular. Essa prática deve estar associada a uma adaptação dos ligamentos e articulações por pelo menos um mês, antes de direcionar para a atividade que o paciente procura". Aqueles que já são atletas não fogem à regra. "Vale a mesma premissa, não devendo relaxar no preparo de retorno ao esporte após períodos sem treinamento", acrescenta o ortopedista.

Ainda assim, mesmo com a prevenção, todos estão sujeitos a lesões. Daí a importância do acompanhamento profissional: "A prevenção reduz o número de lesões que podem ocorrer no paciente. Faça uma avaliação prévia com o ortopedista e veja as suas condições físicas, osteomuscular e articular, antes de realizar qualquer atividade", finaliza Claudio Kawano.
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