Fratura infantil
Quem tem filho pequeno, principalmente menino, raramente estará livre de um episódio que envolva fraturas, inclusive podendo necessitar de um procedimento cirúrgico. A cirurgia é uma atitude bem diferente com relação à antiga abordagem de imobilização do membro fraturado com gesso.
Para diminuir o tempo em que a criança fica imobilizada com gesso, os cirurgiões ortopédicos pediátricos têm recorrido ao uso de hastes flexíveis de titânio, principalmente em casos de fraturas com desvios nos ossos do antebraço, úmero, fêmur e tíbia.
O gesso é usado, em média, de três a oito semanas (depende da fratura) e, além do incômodo, a chance do osso não se fixar de maneira correta é maior. Com as hastes, esses inconvenientes são quase inexistentes. Elas são introduzidas por meio de uma cirurgia minimamente invasiva, com cortes pequenos. A haste é posicionada no osso onde ocorreu a fratura e permanece no local. Após esse período, uma nova cirurgia é feita para a retirada delas.
As fraturas no paciente pediátrico têm como causas principais quedas de lugares altos, acidentes durante atividades esportivas ou de lazer (skate, bicicleta, futebol, pipa), entre outras. Os locais mais fraturados são os dedos da mão, o antebraço (distal e diafisária), o úmero (supracondiliana), os dedos do pé e tornozelo (maléolo lateral).
Saiba mais sobre o assunto por meio das nossas respostas de algumas perguntas frequentes:
Como saber se é uma fratura? Em geral, a criança sente uma dor intensa no local do trauma e isso faz com que o membro afetado fique praticamente imóvel (quando mexe dói demais). Além disso, pode ocorrer edema (aumento do volume), equimose (marcas arroxeadas) e deformidades.
E o que fazer nesses casos? Colocar gelo no local por 15 minutos; dar um analgésico, como o Ibuprofeno; tentar imobilizar a região afetada com um pedaço de madeira, papelão, palito de sorvete ou faixa; procurar atendimento médico e, de preferência, em um local que tenha ortopedista.
Mito ou verdade:
Os ossos dos pequenos são mais frágeis? A maior incidência de fraturas nas crianças ocorre por conta de algumas peculiaridades dos ossos, tais como lesões nas cartilagens de crescimento por serem locais frágeis, maior fragilidade óssea devido ao rápido crescimento dos ossos (hipervascularização e ossos menos densos) e maior maleabilidade do osso, o que provoca fraturas específicas (como em galho verde e deformidade plástica). O mito é que a fragilidade é causada pela falta de cálcio, como muitos pais acreditam.
De qualquer maneira, a melhor medida a se tomar para evitar as fraturas é a prevenção com a utilização de material de proteção individual como luvas, cotoveleiras, joelheiras, capacetes, etc., que são muito úteis, mas não muito usados. Além disso, é importante que seja feita a conscientização dos pais e cuidadores sobre o risco que envolve determinada atividade e as medidas preventivas para evitar lesões em si ou nos outros.
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