sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Cuidados Fisioterapêuticos Pós-Fratura de Fêmur: O Que Fazer

 



A fratura do fêmur é uma das lesões ortopédicas mais graves, frequentemente resultante de quedas, acidentes de carro ou traumas diretos. Devido à sua localização e ao papel crucial que desempenha na locomoção, o tratamento e a reabilitação adequados são essenciais para garantir uma recuperação completa e o retorno à funcionalidade normal. A fisioterapia é fundamental nesse processo, ajudando a restaurar a mobilidade, a força e a independência do paciente.

Fases da Reabilitação

A reabilitação após uma fratura de fêmur pode ser dividida em três fases principais: fase inicial, fase intermediária e fase avançada. Cada uma delas tem objetivos e intervenções específicos.

1. Fase Inicial (0 a 2 semanas)

Objetivos:

  • Controlar a dor e o inchaço
  • Proteger o local da fratura
  • Iniciar a mobilidade passiva

Cuidados Fisioterapêuticos:

  • Avaliação Inicial: O fisioterapeuta deve realizar uma avaliação detalhada do paciente, considerando a dor, a amplitude de movimento e a força muscular nas extremidades.
  • Terapias de Alívio da Dor: Aplicação de gelo, terapia térmica e eletroterapia para reduzir a dor e o inchaço.
  • Mobilização Passiva: Introdução de movimentos passivos suaves na articulação do quadril, respeitando as limitações do paciente. Isso ajuda a prevenir a rigidez articular.
  • Exercícios Isométricos: Exercícios para fortalecer os músculos ao redor da fratura sem colocar carga sobre o fêmur. Por exemplo, contrações isométricas do quadríceps e do glúteo.

2. Fase Intermediária (2 a 6 semanas)

Objetivos:

  • Aumentar a amplitude de movimento
  • Fortalecer a musculatura da perna afetada
  • Começar a mobilização ativa

Cuidados Fisioterapêuticos:

  • Exercícios de Amplitude de Movimento: Exercícios ativos assistidos para ajudar o paciente a recuperar a mobilidade do quadril e do joelho.
  • Fortalecimento Muscular: Introdução de exercícios de fortalecimento para os músculos do quadríceps, isquiotibiais e glúteos. Por exemplo, elevações de calcanhar, agachamentos parciais e exercícios de resistência com faixas elásticas.
  • Mobilização Articular: Mobilizações suaves na articulação do quadril e do joelho para melhorar a amplitude de movimento.
  • Início da Marcha Assistida: Uso de muletas ou andadores para auxiliar na deambulação, mantendo a carga no membro afetado sob controle.

3. Fase Avançada (6 semanas em diante)

Objetivos:

  • Restaurar a força e a resistência muscular
  • Melhorar o equilíbrio e a coordenação
  • Preparar para o retorno às atividades funcionais

Cuidados Fisioterapêuticos:

  • Exercícios Funcionais: Introdução de atividades que simulem movimentos do dia a dia, como subir escadas, caminhar em terrenos irregulares e realizar agachamentos mais profundos.
  • Treinamento de Equilíbrio e Coordenação: Exercícios para melhorar a propriocepção e o equilíbrio, como ficar em um pé só, exercícios em superfícies instáveis e atividades de marcha dinâmica.
  • Fortalecimento Progressivo: Aumentar a carga dos exercícios de resistência para promover ganho muscular, incluindo o uso de pesos ou equipamentos de academia.
  • Retorno à Atividade: Após a recuperação, o fisioterapeuta pode desenvolver um plano de retorno gradual a atividades esportivas ou de alta intensidade, garantindo que o paciente se sinta confiante e seguro.

Considerações Adicionais

Monitoramento da Recuperação

Durante todo o processo de reabilitação, o fisioterapeuta deve monitorar o progresso do paciente e ajustar as intervenções conforme necessário. A recuperação pode variar significativamente entre os pacientes, dependendo da idade, do estado de saúde prévio e da gravidade da fratura.

Educação do Paciente

A educação do paciente sobre cuidados domiciliares, exercícios em casa e estratégias de prevenção de quedas é fundamental. O paciente deve ser incentivado a seguir as orientações para garantir uma recuperação segura e eficaz.

Conclusão

A reabilitação após uma fratura de fêmur é um processo desafiador, mas essencial para a recuperação total e o retorno às atividades diárias. A fisioterapia desempenha um papel crucial nesse processo, oferecendo cuidados individualizados e adaptados às necessidades de cada paciente. Com o acompanhamento adequado e a dedicação ao programa de reabilitação, é possível restaurar a função e a qualidade de vida do paciente. Vamos concluir? O suporte e a motivação durante esse período são fundamentais para alcançar uma recuperação bem-sucedida e segura.



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