Fraturas que não aparecem no raio x








Qual será o motivo? De acordo com o ortopedista chefe do grupo de ortopedia e traumatologia pediátrica da Santa Casa de São Paulo, Miguel Akkari, isso pode ser uma fratura incompleta, um tipo de fratura que muitas vezes não aparece inicialmente nos exames de radiografia.

Ele explica que a não detecção do problema em um primeiro momento pode ocorrer porque nesses casos o osso não desvia da posição, apenas sofre uma fissura. De acordo com ele, esse tipo de problema ocorre com mais frequência em crianças e idosos. E os motivos são simples: nas crianças ocorre em decorrência da presença das cartilagens de crescimento, localizada nas extremidades dos ossos longos, e também pela maior plasticidade do osso. Já os idosos já têm normalmente uma probabilidade maior de fraturas, principalmente no quadril. "Ela são facilitadas pela osteoporose. Nesta situação traumas de baixa energia poderiam produzir uma fratura que normalmente, em uma pessoa sem osteoporose, não ocorreria."

Segundo Akkari, em alguns casos a fratura pode ter uma evolução favorável, consolidando-se sem que a pessoa fique sabendo o que ocorreu. Mas, eventualmente pode ocorrer um desvio (quando o osso sai do lugar), o que pode exigir até mesmo uma cirurgia corretiva. "Por isso, é muito importante ficar atento aos sintomas".

No caso das crianças, que geralmente não conseguem explicar claramente o que estão sentindo, os pais devem ficar atentos a queixas de dor persistente de baixa e média intensidade após episódios de queda ou batidas.

Porém Akkari explica que após um incidente é normal sentir dor na região atingida por uma ou até duas semanas. No entanto, essa dor deve melhorar progressivamente, dia após dia. "Se a dor continuar e não diminuir de intensidade, é importante procurar um médico para realizar uma segunda avaliação. Muitas vezes a fratura que não apareceu no primeiro raio x aparece em um segundo exame, realizado dias depois", explica.

Nas crianças, as fraturas incompletas acontecem geralmente na região do punho, do cotovelo ou nas proximidades das cartilagens de crescimento, presentes em todos os ossos longos. De acordo com o médico, na maioria dos casos com crianças o tratamento é feito com imobilização com gesso.

Já nos idosos e principalmente em fraturas localizadas no fêmur o tratamento é cirúrgico na maioria dos casos.

O tempo de recuperação depende do tipo de fratura. "Uma fratura do punho em uma criança, geralmente, leva um mês para consolidar-se. Já em pacientes mais velhos este tempo é maior, um exemplo é o caso da fratura do colo do fêmur em um idoso, que pode levar mais de 4 meses para consolidar-se.", explica.

Por:
Larissa Alvarez


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