Avaliação da coluna vertebral


A coluna divide-se em segmentos cervical, torácico, lombar e sacral.

O segmento cervical tem curvatura lordótica, isto é, de concavidade anterior e termina em C7, cujo processo espinhoso é o mais saliente da região e serve como reparo  anatômico. 

Patologias degenerativas senis tendem a aumentar a curva lordótica. Por outro lado, processos agudos dolorosos, principalmente, traumáticos podem provocar retificação da curvatura lordótica, por um mecanismo de contração muscular antálgica. Inclinações laterais permanentes da cabeça são mais freqüentemente cansadas por escolioses cervicais ou por torcicolos, sendo muito importante a palpação dos processos espinhosos e da musculatura ara o diagnóstico diferencial.
Coluna cervical curta, acompanhada ou não de restrição de movimentos pode ser causada por fusâo congênita de um ou corpos vertebrais (doença de Kippel-Feil).

Os movimentos da coluna cervical são: flexão, extensão, rotação direita, rotação esquerda, inclinação lateral direita e inclinação lateral esquerda. As flexões e extensões ocorrem principalmente no segmento C5-C6. Na flexão completa, o indivíduo deve ser capaz de tocar a região esternal com o queixo, mantendo a boca fechada. Os  movimentos de rotaçâo ocorrem mais no segmento atlas-áxis e suas restrições indicam patologia na porção superior da coluna. Na amplitude normal de rotação, o queixo deve quase alinhar-se com o ombro. 

A coluna torácica tem curvatura cifótica estimada radiologicamente em, no máximo, 40 graus. Processos senis, principalmente osteoporose, levam a aumento progressivo da curvatura (corcunda), provocando acentuação da prega transversal na transição do tórax com o abdômen, anteriormente. Esta cifose tipicamente é de grande raio, isto é, atinge todo o segmento torácico. No adolescente, o aumento progressivo da cifose torácica é diagnóstico de dorso curvo juvenil ou da cifose de Scheuermann. Estas duas condições devem ser prontamente reconhecidas e tratadas, antes do término do crescimento. Pode ocorrer cifose localizada, percebida semiologicamente pela saliência exagerada de um ou dois processos espinhosos adjacentes, e é devida a defeitos congênitos ou patologias adquiridas Como tumores de corpo vertebral ou processos infecciosos como
tuberculose.  A movimentação cIa coluna torácica é muito restrita, pois as vértebras estão amarradas às costelas e é pouco útil do ponto de vista semiológico. A palpação, tanto dos processos espinhosos, quanto da musculatura paravertebral, é realizada com o paciente em decúbito ventral e busca pontos dolorosos ou contratura muscular.

A coluna lombar tem curvatura lordótica que pode estar aumentada ou diminuída. Aumentos da lordose podem ser compensatórios de patologias do quadril, sendo obrigatório o exame desta articulação, nestas circunstâncias. A transição lombossacral é especialmente importante ao exame visto que nesta localização situam-se mais freqüentemente as variações anatômicas e os defeitos congênitos que provocam lombalgia. Nichos pilosos nesta região estão relacionados  com defeitos de fechamento do arco neural
(spina bífïda oculta etc.). A palpação segue os mesmos princípios da região torácica. O segmento lombar é o mais móvel e o responsável pela maior parte da mobilidade do tronco. A pesquisa da movimentação é feita com o indivíduo de pé sendo: flexão, extensão, inclinação lateral direita e esquerda, rotação (torção) direita e esquerda. Para a pesquisa destas últimas segura-se firmemente a pelve com as duas mãos, e pede-se ao paciente para torcer ou inclinar o tronco para um lado e, depois, para o outro. A flexão é a movimentação mais desenvolvida, sendo pesquisada com o paciente inclinando-se para frente e tentando tocar o assoalho com os dedos, como já referido.

Neste momento, além da amplitude da flexão, as regiões torácica e lombar devem ser examinadas atentamente para a presença de escoliose. Com o indivíduo mantendo a inclinação do tronco, o médico aproxima-se e examina a região dorsal e lombar à procura de desvios e verificando se há assimetria nas regiões paravertebrais. A saliência maior de uma das escápulas e/ou saliência localizada em uma região paravertebral (giba) indicam escoliose. Esta é a manobra mais acurada para o diagnóstico de tal patologia, pois a inclinação do tronco acentua tanto a curvatura escoliática, como a gibosidade.

As curvaturas da coluna em um mesmo plano são associadas, isto é, uma influencia a outra. Por exemplo, aumento da cifose provoca aumento compensatório das lordoses cervical e lombar. Uma curva escoliótica (curva primária) provoca outra curva em sentido contrário (curva secundária), em regiões adjacentes.

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