Fascite plantar / esporão de calcâneo
As dores nos pés e membros inferiores não devem ser ignoradas nem deve ser algo a que as pessoas se habituem a suportar. Calcanhares dolorosos não devem ser negligenciados e podem ser facilmente tratados com a terapêutica adequada.
O aparecimento de dor no calcanhar/planta do pé tem como causa mais frequente a fascíte plantar (FP). A fáscia plantar é um ligamento que vai desde o calcanhar até às cabeças metatársicas (estas articulam com os dedos). A fáscia plantar, o "ligamento" que se torna doloroso, é que contribui para a sustentação do arco interno do pé. Cobre os músculos da planta do pé e suporta tensões de (aproximadamente) 2,5 vezes o peso corporal ao caminhar, e 3 a 4 vezes em corrida.
A quantidade de tensão sobre a fáscia plantar pode ser aumentada através de limitações musculares diversas e pelo peso corporal aumentado. Este último factor contribui para o aparecimento da FP, mas não é normalmente a sua principal causa. As pessoas com "calcanhares dolorosos" limitam frequentemente a distância caminhada, o que contribui para um eventual excesso de peso. Devido à natureza repetitiva do caminhar, a FP é considerada uma lesão por stress e, como qualquer lesão deste tipo, pode responder favoravelmente a um tratamento anti-inflamatório. Contudo, quase sempre regressará a dor enquanto a causa não for tratada.
A inflamação crónica prolongada origina depósitos de cálcio e eventualmente osso na porção da FP que se insere no calcâneo. Quando visível numa imagem radiográfica, a protuberância óssea denomina-se de "esporão do calcâneo". A origem da sintomatologia dolorosa está na inflamação propriamente dita e não na presença do esporão do calcâneo. Assim sendo, o tratamento de eleição deverá ser não invasivo e deve obrigatoriamente assentar sobre uma análise detalhada que tenha identificado a causa biomecânica/funcional a nível dos membros inferiores.
Mais comum em indivíduos entre 40 e 60 anos, pode iniciar de forma insidiosa ou agudamente após trauma local ou uso excessivo do calcanhar (atletas, longas caminhadas), sapatos inapropriados ou não apresentar causa específica (idiopática).
Os pacientes apresentam dor na área plantar do calcâneo, pior pela manhã ao colocar o pé no chão, sendo mais severa durante os primeiros passos, com melhora posterior e piora no final do dia. A dor é descrita como uma queimação, profunda, ocasionalmente lancinante e é o resultado de alterações degenerativas na origem da fáscia plantar e da periostite por tração do tubérculo medial do calcâneo (ver figura anatômica). Com o passar do tempo e com o estresse repetitivo podem ocorrer microtraumas na origem da fáscia, gerando um processo inflamatório local, e posteriormente a imagem radiológica de um"esporão" .
O tratamento recomendado é relativo, diminuição de atividades que produzam estresse sobre o calcanhar, utilização de palmilhas e órteses, antiinflamatórios não hormonais.
Comumente, os esporões do calcâneo podem ser diagnosticados durante o exame físico. Quando existe um esporão, a aplicação de pressão no centro do calcanhar provoca dor. Radiografias podem ser realizadas para confirmar o diagnóstico, mas elas podem não detectar esporões recém-formados. O tratamento visa o alívio da dor. Uma combinação de corticosteróide com um anestésico local pode ser injetada na área dolorida do calcanhar. O enfaixamento do arco do pé com atadura e o uso de uma órtese (palmilha para o calçado) que ajude a estabilizar o calcanhar são medidas que, além de reduzirem a dor, diminuem a distensão da fáscia.
A maioria dos esporões do calcâneo dolorosos curam sem necessidade de cirurgia. A cirurgia de remoção do esporão somente deve ser realizada quando a dor interferir na deambulação. No entanto, os resultados da cirurgia são imprevisíveis. Ocasionalmente, a dor persiste após a cirurgia.
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O aparecimento de dor no calcanhar/planta do pé tem como causa mais frequente a fascíte plantar (FP). A fáscia plantar é um ligamento que vai desde o calcanhar até às cabeças metatársicas (estas articulam com os dedos). A fáscia plantar, o "ligamento" que se torna doloroso, é que contribui para a sustentação do arco interno do pé. Cobre os músculos da planta do pé e suporta tensões de (aproximadamente) 2,5 vezes o peso corporal ao caminhar, e 3 a 4 vezes em corrida.
A quantidade de tensão sobre a fáscia plantar pode ser aumentada através de limitações musculares diversas e pelo peso corporal aumentado. Este último factor contribui para o aparecimento da FP, mas não é normalmente a sua principal causa. As pessoas com "calcanhares dolorosos" limitam frequentemente a distância caminhada, o que contribui para um eventual excesso de peso. Devido à natureza repetitiva do caminhar, a FP é considerada uma lesão por stress e, como qualquer lesão deste tipo, pode responder favoravelmente a um tratamento anti-inflamatório. Contudo, quase sempre regressará a dor enquanto a causa não for tratada.
A inflamação crónica prolongada origina depósitos de cálcio e eventualmente osso na porção da FP que se insere no calcâneo. Quando visível numa imagem radiográfica, a protuberância óssea denomina-se de "esporão do calcâneo". A origem da sintomatologia dolorosa está na inflamação propriamente dita e não na presença do esporão do calcâneo. Assim sendo, o tratamento de eleição deverá ser não invasivo e deve obrigatoriamente assentar sobre uma análise detalhada que tenha identificado a causa biomecânica/funcional a nível dos membros inferiores.
Mais comum em indivíduos entre 40 e 60 anos, pode iniciar de forma insidiosa ou agudamente após trauma local ou uso excessivo do calcanhar (atletas, longas caminhadas), sapatos inapropriados ou não apresentar causa específica (idiopática).
Os pacientes apresentam dor na área plantar do calcâneo, pior pela manhã ao colocar o pé no chão, sendo mais severa durante os primeiros passos, com melhora posterior e piora no final do dia. A dor é descrita como uma queimação, profunda, ocasionalmente lancinante e é o resultado de alterações degenerativas na origem da fáscia plantar e da periostite por tração do tubérculo medial do calcâneo (ver figura anatômica). Com o passar do tempo e com o estresse repetitivo podem ocorrer microtraumas na origem da fáscia, gerando um processo inflamatório local, e posteriormente a imagem radiológica de um"esporão" .
O tratamento recomendado é relativo, diminuição de atividades que produzam estresse sobre o calcanhar, utilização de palmilhas e órteses, antiinflamatórios não hormonais.
Comumente, os esporões do calcâneo podem ser diagnosticados durante o exame físico. Quando existe um esporão, a aplicação de pressão no centro do calcanhar provoca dor. Radiografias podem ser realizadas para confirmar o diagnóstico, mas elas podem não detectar esporões recém-formados. O tratamento visa o alívio da dor. Uma combinação de corticosteróide com um anestésico local pode ser injetada na área dolorida do calcanhar. O enfaixamento do arco do pé com atadura e o uso de uma órtese (palmilha para o calçado) que ajude a estabilizar o calcanhar são medidas que, além de reduzirem a dor, diminuem a distensão da fáscia.
A maioria dos esporões do calcâneo dolorosos curam sem necessidade de cirurgia. A cirurgia de remoção do esporão somente deve ser realizada quando a dor interferir na deambulação. No entanto, os resultados da cirurgia são imprevisíveis. Ocasionalmente, a dor persiste após a cirurgia.
Sugestão dada pelo Flávio Meirelles, no Facebook do Faça Fisioterapia.
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