Tratamentos da dor patelofemoral









A dor patelofemoral é uma das causas mais comuns de dor no joelho. Sua principal característica é dor na região anterior do joelho que piora durante as atividades físicas. Pacientes com a patologia frequentemente reclamam da dor ao agachar, subir escadas, pular e correr. Alguns também sentem o sintoma depois de muitas horas sentados.

Estima-se que 20% dos casos de dor no joelho em clínicas de ortopedia correspondam a essa síndrome. Ela também está presente em ao redor de 30% a 33% dos casos nas clínicas de reabilitação esportiva. Ou seja, é fundamental entendermos as melhores opções de tratamento para nossos pacientes.

Os mais afetados pela síndrome da dor patelofemoral são as pessoas ativas. Por isso, corredores, militares e atletas estão entre nossos principais pacientes com o problema.

Tradicionalmente, o tratamento da dor patelofemoral está relacionado ao desequilíbrio entre os músculos vasto medial e vasto lateral. Como resultado desse desequilíbrio, a articulação patelofemoral acabaria sobrecarregada. Portanto, o tratamento mais indicado seria fortalecimento de quadríceps.

Estudos mostram que realmente, indivíduos com síndrome da dor patelofemoral possui padrões de ativação dos vastos diferente daqueles de pessoas saudáveis. Mas isso não significa que o único tratamento possível para a síndrome estaria no quadríceps.

Relação entre dor e fraqueza muscular

Como sabemos, o corpo possui compensações que não ficam contidas somente na região lesionada ou com dor. Portanto, algumas teorias também estimam que exista uma conexão entre fraqueza de musculaturas do quadril e do Core a dor patelofemoral.

No tratamento da dor patelofemoral mais usado, a maioria dos exercícios seriam atividades em cadeia cinética fechada para fortalecer estabilizadores do joelho. Esses movimentos teriam como objetivo proporcionar alívio da dor e retorno às atividades diárias. Por isso, também existe um foco nos exercícios que simulam atividades como corrida e agachamento.

Segundo esse texto, o tratamento central da SDPF está voltado para o equilíbrio muscular e biomecânico de todo o membro inferior. A literatura atual aponta que além do "ângulo Q normal" que é considerado para os homens de 10º a 13º graus e 15º a 17º graus para as mulheres, durante o tratamento é necessário considerar o valgo dinâmico, de forma a reequilibrar os músculos que promovem esse rearranjo. O fortalecimento do vasto medial oblíquo é preconizado, como forma de centralizar a patela, promovendo uma melhor estabilização e vantagem mecânica da articulação patelofemural.

Entretanto, recentemente, outros grupos musculares, como o complexo póstero-lateral do quadril, os músculos inseridos na pata anserina (ou pata de ganso) e o bíceps femoral estão sendo trabalhados para manter um melhor alinhamento da patela e evitar o valgo dinâmico. Os programas de reabilitação e correção biomecânica estão baseados no processo avaliativo e normalmente tem duração de três meses.

Durante o processo de reabilitação, algumas recomendações são preconizadas, como o fortalecimento do quadríceps em cadeia cinética aberta com angulação de 90º a 30º de flexão do joelho, enquanto que os exercícios de agachamento (Squat) em cadeia cinética fechada devem ser executados de 45º a 0º grau de flexão do joelho, como forma de evitar o estresse excessivo e proteger a articulação.

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