Fisioterapia e a Osteocondrite Dissecante do Cotovelo
A osteocondrite dissecante do cotovelo é caracterizada pela soltura de fragmentos ósseos e é uma patologia que pode acometer ossos e cartilagens de qualquer articulação do corpo. Apesar disso, é mais comum que afete cotovelos, joelhos e tornozelos.
Causas da Osteocondrite
A causa da osteocondrite dissecante de cotovelo, na maioria das vezes é de origem desconhecida.
Estudos observacionais e teorias apontam que pequenas lesões ocasionadas por esforços repetitivos, como as sofridas em praticantes de exercícios de alto impacto, como ginástica olímpica, esportes de arremesso ou que envolvam muita sobrecarga, podem ser um fator predisponente.
Sintomas da Osteocondrite
A Osteocondrite tem diversos sintomas bem típicos mas a dor, associada com inchaço e crepitação e ou bloqueio do movimento da articulação podem ser sinais de alerta. Os principais sintomas são:
Dor no cotovelo;
Inchaço da articulação do cotovelo;
Dor à palpação e a movimentação;
Crepitação articular;
Bloqueio articular.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito inicialmente a partir da história clínica. Um dos primeiros sinais que é notado pelo médico ortopedista no exame físico é falta de amplitude de movimento, bem como o bloqueio articular, principalmente acima de 90° de flexão.
É importante observar o ângulo em que o bloqueio e limitação se iniciam, pois é justamente nesse ângulo em que há a compressão pelo fragmento ósseo ou cartilaginoso, bloqueando os movimentos.
A dor também é um sinal clínico bem evidente quando existe esse bloqueio articular.
Para se ter certeza do diagnóstico, é aconselhável que o médico solicite exames de imagem, como a ressonância magnética ou radiografias.
Tratamentos para Osteocondrite
Tratamento Conservador
O primeiro objetivo é diminuir a dor, por essa razão, a primeira orientação é de repouso até que os sintomas desapareçam e realizar crioterapia (compressa gelada) sobre a área afetada.
O tratamento de Fisioterapia destina-se a restaurar o funcionamento normal da articulação afetada e a aliviar a dor. É preciso ressalvar que nenhum tratamento funciona igualmente para todos.
Após a realização do controle álgico, são indicados:
- Alongamentos;
- Exercícios de amplitude de movimento;
- Exercícios de fortalecimento para os músculos que sustentam a articulação envolvida.
- Alongamentos;
- Exercícios de amplitude de movimento;
- Exercícios de fortalecimento para os músculos que sustentam a articulação envolvida.
O objetivo principal do tratamento é proporcionar o alívio da dor e restaurar o funcionamento normal da articulação afetada.
Em crianças, cujos ossos ainda estão em fase de crescimento, o defeito ósseo pode curar-se espontaneamente com um período de descanso e protecção. Por se encontrarem numa fase de crescimento ósseo, têm melhor resposta ao tratamento e muitas vezes, o defeito articular se regenera de forma espontânea somente com repouso e cuidado com a lesão.
Quando o quadro álgico estiver controlado e estável, é indicado que se iniciem exercícios para recuperar a amplitude de movimento e fortalecer toda a musculatura em volta da articulação do cotovelo.
Tratamento Cirúrgico
Quando o tratamento conservador não apresenta a resposta desejada, é recomendado que o paciente passe pelo processo cirúrgico, chamado de artroscopia.
Na cirurgia, o cirurgião irá fazer pequenas incisões, ao invés da incisão maior como no caso de cirurgia aberta, por ser uma cirurgia via micro câmera.
Isso torna o processo de recuperação menos doloroso, menos limitante e é capaz de reduzir o tempo que o paciente leva para se recuperar e voltar às atividades de vida diária.
Mesmo sendo uma cirurgia pequena, é natural que o paciente sinta na primeira semana pós cirurgia dores e desconfortos.
Processo de recuperação
No processo de recuperação, os exercícios para recuperação dos movimentos do cotovelo e antebraço são tão importantes quanto o repouso.
A fisioterapia é comumente recomendada após a cirurgia também, caso se faça necessária a realização de um processo cirúrgico por artroscopia.
A fisioterapia pós-cirúrgica serve como auxílio à recuperação da mobilidade e da amplitude de movimento da articulação, tendo em vista que sempre há possibilidades das cicatrizes deixarem restrições e bloqueios articulares. Se não tratada de forma correta, com o passar do tempo, aumenta a probabilidade de desenvolver uma osteoartrite.
A fisioterapia pós-cirúrgica serve como auxílio à recuperação da mobilidade e da amplitude de movimento da articulação, tendo em vista que sempre há possibilidades das cicatrizes deixarem restrições e bloqueios articulares. Se não tratada de forma correta, com o passar do tempo, aumenta a probabilidade de desenvolver uma osteoartrite.
O paciente que já apresentou quadro de osteocondrite dissecante do cotovelo, deve ter muita cautela em relação à articulação afetada.
Seguir as orientações médicas, realizar fisioterapia, respeitar o período de recuperação são fatores imprescindíveis para evitar que posteriormente, o quadro se altere para osteoartrite.
Prognóstico
O prognóstico vai variar de indivíduo para indivíduo. Quanto mais jovem e ativo for o paciente, melhor o prognóstico. Agora em pacientes com idade avançada, os resultados já não são tão satisfatórios quanto o esperado e maior esforço será necessário para resolver o problema, principalmente com grande foco na fisioterapia.
Além disso, o tamanho da lesão interfere resultado, quanto maior a lesão e maior a área acometida, mais difícil será a recuperação, maior as chances do problema retornar ou agravar e pior prognóstico.
Prevenção
A melhor maneira de prevenção da osteocondrite dissecante do cotovelo é evitar que aconteçam pequenas lesões na articulação.
Em pessoas que não têm como evitar em virtude de prática esportiva ou trabalho, o ideal é que os músculos e tendões estejam sempre mantidos em plena condição de força e estabilidade.
Respeitar os próprios limites físicos, buscar sempre melhor condicionamento e ter acompanhamento de um profissional também são condutas que dificultam o aparecimento de problemas articulares como a osteocondrite dissecante do cotovelo.
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