Fraturas da diáfise da tíbia
INTRODUÇÃO
O conhecimento dos métodos de tratamento das fraturas da diáfise da tíbia é importante porque essa é a fratura de osso longo mais frequente, acomete preferencialmente homens jovens(1) e as complicações como reoperações, não consolidação e consolidação viciosa são relativamente comuns(2).
O objetivo deste artigo é reforçar os conceitos básicos e informar sobre as novidades no tratamento da fratura da diáfise da tíbia, com a intenção de atualizar o ortopedista, para que os pacientes portadores dessa lesão sejam tratados com o que de mais recente existe de evidências da literatura.
CLASSIFICAÇÃO DA LESÃO
A classificação da fratura mais utilizada tem sido a da OTA/AO, que leva em consideração a região do osso acometido, a energia e o mecanismo de trauma. Classifica as fraturas simples em A, as fragmentadas com cunha em B e as multifragmentadas complexas em C(3).
Essa classificação permite uma boa diferenciação e entendimento do padrão da fratura, com boa relação com o prognóstico e resultado clínico(4). Também per-mite algum entendimento da lesão associada das partes moles, mas como isso não faz parte da classificação, permite que, se o cirurgião não estiver atento, faça somente a classificação da fratura, sem a devida correlação com a lesão de partes moles.
Apesar de não ser recente, a classificação de Ellis apud Burwell(5) é interessante de se conhecer, pois, além da morfologia da fratura, também avalia e gradua o desvio dos fragmentos, as condições de partes moles e a energia da fratura (Tabela 1).
A análise com mais atenção das duas classificações nos permite perceber que a classificação OTA/AO per-mite uma boa descrição e entendimento da morfologia da fratura e a de Ellis um bom entendimento das lesões dos tecidos moles. Como ocorre em todas as classificações, nenhuma isoladamente consegue ser totalmente satisfatória e completa (Figura 1).
O recomendável seria usar a classificação de Ellis para as lesões associadas de partes moles, que também pode ser complementada pela classificação de Tscherne para as fraturas fechadas e de Gustilo para as abertas; e usar a classificação OTA/AO para o planejamento do tratamento.
Sempre devemos ressaltar que o ortopedista não deve avaliar somente a radiografia da fratura para decidir o tratamento. As condições das partes moles são determinantes na decisão do momento para a cirurgia definitiva, do método de fixação e estão intimamente relacionadas com o prognóstico.
SÍNDROME DO COMPARTIMENTO
A fratura da diáfise da tíbia é a causa mais frequente de síndrome do compartimento(6) e, sem um diagnóstico correto e precoce que leve a um tratamento também precoce, leva a sequelas irreparáveis.
A suspeita clínica é o principal elemento para o diagnóstico precoce da síndrome do compartimento. Nos casos suspeitos é fundamental se manter uma vigilância contínua com avaliação seriada do membro acometido.
Dor desproporcional à lesão e que se agrava com a tensão passiva da musculatura acometida é um dos sinais mais precoces e sensíveis da síndrome do compartimento(7). Devemos ter cuidado em pacientes com trauma craniano, lesão raquimedular ou qualquer outra lesão que leve a déficit neurológico periférico, pois a dor pode estar ausente. Nesses casos, haven-do a suspeita, outros métodos diagnósticos devem ser utilizados.
A palpação de aumento da pressão e firmeza no compartimento é o único e mais precoce achado clínico objetivo. Na grande maioria dos casos, a perfusão periférica está mantida e os pulsos arteriais também, portanto, são maus sinais para o diagnóstico precoce.
Estudos mostram semelhança entre os vários métodos de medida da pressão intracompartimental(8-10). Segundo McQueen et al(7), o acompanhamento de pacientes que apresentavam diferença da medida da pressão do compartimento e da pressão diastólica ≤ 30mmHg, apresentavam função muscular normal, mesmo sem a liberação do compartimento. Esse dado e outros de estudos pré-clínicos indicam que o limite para a pressão de perfusão tecidual é de pelo menos 20mmHg entre a pressão do compartimento e a pressão diastólica(11).
Al-Dadah et al(12), estudando 218 pacientes com fratura da tíbia, não conseguiram demonstrar que a medida intracompartimental da pressão era superior ao monitoramento contínuo. Desses pacientes foram tratados da síndrome compartimental 15,6% no grupo com medida contínua da pressão e 14,7% nos com avaliação continuada. O tempo até a fasciotomia também não mostrou diferença, 22 e 23 horas, respectivamente.
A medida da pressão deve ser feita em todos os compartimentos e é maior a uma distância de até 5cm da fratura(11).
Feito o diagnóstico, está indicada a fasciotomia dos quatro compartimentos, preferencialmente por duas incisões longas, uma lateral e outra medial. O ferimento deve ser deixado aberto e pode ser coberto com curativo a vácuo. Se houver necrose muscular, deve ser feita revisão em 24 a 48 horas. Se o diagnóstico foi precoce e a musculatura não apresentava necrose, o paciente retorna em três a cinco dias para se tentar o fechamento das incisões.
AVALIAÇÃO DA CONSOLIDAÇÃO
O processo de consolidação que ocorre após a fixação com haste intramedular evolui em fases, sendo a primeira a fase de inflamação, seguida da fase de reparação e finalmente a de remodelação.
A fratura só pode ser considerada curada quando finaliza todo o processo da consolidação; portanto, quando termina a fase de remodelação, que pode levar vários meses.
Muitos autores consideram a fratura consolidada ao final da fase de reparação, momento no qual é possível liberar a carga total no membro acometido; entretanto, pela falta da remodelação completa, o implante não poderia ser retirado.
Várias maneiras foram descritas para definir a consolidação da fratura. Um dos mais aceitos é a avaliação do número de corticais com calo ósseo em duas projeções radiográficas ortogonais(13). Este método tem como base um estudo em animais que mostra que o número de corticais com ponte óssea é um forte previsor da consolidação (r = 0,80)(14). Entretanto, este método tem mostrado uma razoável variação intra e interobservador(15).
Kooistra et al(16) recomendam o uso do método chamado "RUST -Radiographic Union Scale for Tibial fractures" para a avaliação da consolidação, uma vez que este método apresenta uma melhor correlação intra e interobservador. Nesse método de avaliação também se avalia as corticais em duas projeções radiográficas ortogonais, e para cada cortical se dá pontos que variam de um a três (Tabela 2). Dessa maneira, uma fratura recém-operada terá o mínimo de pontos que é quatro e uma fratura totalmente consolidada terá o máximo de 12 pontos (Figura 2).
Ultimamente, muito se tem discutido em relação à importância do tempo até o tratamento e a incidência de infecção na fratura exposta da tíbia. Alguns fa-lam que o tempo não tem mais importância, enquanto que outros ainda defendem o consagrado dogma das seis horas.
Defender as seis horas conceitualmente é bom, pois nos dá a referência de que quanto antes fizermos o tratamento, melhor. Entretanto, não há embasamento de literatura para o estabelecimento deste como o parâmetro verdadeiro e único.
Esse limite de seis horas provavelmente se originou baseado no estudo de Freidrich de 1898 apud Wangensteen e Wangensteen(17) em cobaias, que demonstrou que em seis horas há maciça replicação de colônias de bactérias, o que torna o desbridamento cirúrgico menos eficiente.
Um estudo clínico que deu suporte às seis horas foi o de Kindsfater et al(18) que estudando o tratamento de 47 pacientes com fratura exposta da tíbia, observaram maior incidência de infecção nos casos tratados com mais de cinco horas.
Um dos primeiros estudos a levantar a dúvida sobre a regra das seis horas foi o de Patzakis e Wilkins(19), que encontrou taxas de infecção de 6,8% nas lesões tratadas antes de 12 horas e de 7,1% nas que foram tratadas depois de 12 horas, diferença que não foi significante estatisticamente.
Harley et al(20) revisaram, retrospectivamente, 215 casos de fraturas expostas com o objetivo de avaliar a correlação do tempo para o desbridamento e a taxa de retardo da consolidação e infecção. Apesar de 46% dos pacientes terem sido tratados com mais de oito horas do acidente, não foi possível estabelecer correlação entre o tempo de atraso do tratamento e as complicações. O que ficou bem estabelecido foi o achado do aumento da taxa de infecção proporcional à gravidade da lesão.
Em outro estudo, Spencer et al(21) avaliaram 142 fraturas expostas, com 60% delas sendo tratadas nas primeiras seis horas após o acidente. A taxa geral de infecção foi de 10,4%, e não foi possível estabelecer significância estatística entre os casos tratados antes e depois das seis horas.
Como vemos, os estudos falham na tentativa de demonstrar a veracidade da regra das seis horas; entretanto, todos mostram suficiente evidência da relação entre a infecção e a gravidade da lesão. Outros dois fatos a serem levados em consideração é a conclusão de Patzakis e Wilkins(19) que diz que "o fator mais importante na redução da infecção é a administração precoce de antibióticos" em contraste com Gustilo e Anderson(22) que afirmam que o desbridamento é o fator mais importante para se obter um bom resultado em uma fratura exposta. Provavelmente, a verdade deve estar a meio caminho entre os dois, devemos aplicar o antibiótico o mais precoce possível e fazer uma boa lavagem e desbridamento.
Na revisão feita por Crowley et al(23) sobre o tempo e infecção, os autores chegam à conclusão que: a regra das seis horas deve ser revista, mas o desbridamento deve ocorrer o mais precoce possível.
Fratura exposta da tíbia - fechamento primário ou tardio?
O tratamento do ferimento após a limpeza, com o fechamento primário ou tardio da lesão, passou por várias fases. Por muito tempo recomendou-se o fechamento tardio da lesão, como na experiência norte-americana na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietnã, que tinham taxas de infecção de 2,5% nas lesões fechadas tardiamente(24). O estudo clássico de Gustilo e Anderson (22) com o fechamento precoce das lesões grau I e II apresentou infecção de 6%, mas o fechamento das lesões grau III levou a taxas de 44%. Por isso, a recomendação dos auto-res era para que nas lesões grau I e II fosse feito o fechamento precoce, mas nas grau III a ferida fosse mantida aberta e realizada revisão cirúrgica e fechamento tardio.
Merritt (25) encontrou em seu estudo que o germe presente nas culturas antes da lavagem e desbridamento não tinha correlação importante com o germe isolado quando ocorria a infecção. O que foi importante foi o crescimento bacteriano depois do desbridamento, o que levou à suspeita de que o germe que provoca a infecção seja intra-hospitalar. Desse fato vem a ideia de se praticar o fechamento precoce da ferida.
Os clássicos estudos de Godina (26) e Gopal et al (27) que realizaram o fechamento precoce da lesão ou a rotação precoce de retalho mostrou significativa redução das taxas de infecção, mesmo em fraturas expostas graves.
Como conclusão, podemos usar as recomendações de Crowley et al(23) para que as fraturas graus I, II e IIIA não sofram contaminação hospitalar após a limpeza e desbridamento, deve-se realizar o fechamento precoce da lesão. As exceções a essa regra seriam os casos de contaminação excessiva e fechamento com muita tensão.
Nas fraturas expostas grau IIIB, se possível, depois do desbridamento realizar a rotação de retalho para o fechamento da lesão. Na maioria dos serviços isso não é possível pela falta de cirurgiões habilitados na emergência. A conduta então deve ser por manter a ferida aberta, mas protegida da contaminação secundária, seja com o uso do curativo a vácuo (28) ou com a colocação de pérolas de cimento com antibiótico selado com filme plástico estéril.
Fresar ou não fresar?
Para melhor entender essa polêmica, o melhor é analisar revisão sistemática publicada por Lam et al (29) (Tabela 3).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O resultado da análise dos estudos incluídos mostra que, em relação à não união, a fresagem traz benefícios, tendo menor taxa de falha da consolidação e também promove uma consolidação mais rápida, nos casos de fratura fechada da diáfise da tíbia. Essa diferença parece não ser significante nos casos de fratura exposta.
No estudo com maior número de pacientes incluídos, o SPRINT, não há valores separados somente para a não união. Os resultados são apresentados de maneira composta da não união com outras complicações.
Apesar desses dados, as controvérsias em relação às vantagens da fresagem do canal continuam, porque existem potenciais vieses que podem levar ao erro de interpretação e conclusões equivocadas.
Nos estudos avaliados, a definição de não consolidação e o tempo de seguimento foram muito variáveis, não permitindo uma avaliação estatística conjunta dos dados. Outro problema foi o pequeno número de casos em alguns estudos. Talvez a maior fonte de viés na maioria dos estudos tenha sido a não adesão ao princípio da intenção-de-tratamento.
Apesar da posição firme de alguns cirurgiões em relação à obrigatoriedade da fresagem, os estudos clínicos não têm consistência suficiente para dar suporte irrestrito a isso. Nas fraturas fechadas parece haver vantagem da fresagem, mas nas expostas isso não ocorre.
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Autores:
Kodi Edson KojimaI; Ramon Venzon FerreiraII
ICoordenador do Grupo de Trauma do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC/FMUSP
IIEstagiário do Grupo de Trauma do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC/FMUSP
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